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Capítulo 68: O Desafio da Campeã! →
Depois de terem passado por uma má experiência, os nossos heróis vão à boleia de Absol, Pokémon pertencente à campeã Clair, em direcção à Doca do Promontório.
— O que acham em fazermos aqui uma pausa? — pergunta a campeã.
Ninguém se opõe.
— Podes parar aqui, Absol.
Absol para.
— Já andámos um bom caminho. Já falta muito pouco para lá chegarmos. Penso que este local será bom para repousarmos.
À sua frente, encontrava-se uma estufa.
— Naquela estufa, trabalha um amigo meu. Ele é perito em tratar de plantas. Se eu lhe pedir, talvez possamos pernoitar. Já não falta muito para anoitecer. Que vos parece?
Mais uma vez, ninguém objecta.
Ao chegarem à porta, Clair toca à campainha.
— Espero que ele esteja por aqui.
Um rapaz vem à porta.
— Clair, que surpresa! O que te traz aqui?
Slyther espanta-se.
— Desculpa se venho incomodar, Thomas. É que eu tenho aqui uns viajantes e gostaria de saber se poderíamos passar aqui a noite. É que deve estar quase a escurecer.
— Claro, por que não? Faz bem ter…
O olhar de Thomas cruza o olhar de Slyther.
— Quem diria que a minha amiga Clair se dava com o meu maior rival!
— Vocês conhecem-se? — pergunta Clair.
— Claro que sim! — afirma Slyther. — Nós somos rivais desde o momento em que nos tornámos treinadores. A diferença entre nós é que ele não se interessa em coleccionar crachás, mas sim em ser o treinador mais forte de todos.
— Eu sempre quis ser o mais forte. Lembras-te do nosso último combate? Acabou em empate. Cada um de nós já possui tanto uma vitória quanto uma derrota. Que tal se combatêssemos aqui e agora? Já está na altura de desempatar isto, não?
— Por que não? Assim todos os meus amigos veriam a tua derrota.
— Não me faças rir, Slyther. O que os teus amigos verão é a tua derrota.
No caminho para o terreno de combate.
— Thomas, se almejas ser o treinador mais forte, então mais tarde ou mais cedo terias de enfrentar a Clair, certo? — pergunta Steven.
— Eu e a Clair temos falado sobre isso. Só a desafiarei quando me sentir perfeitamente preparado para tal. Como estou agora, ainda não a consigo vencer. Além disso, a Clair é só um dos patamares. Ainda teria pela frente os Guardiões Supremos. Eles sim, são os mais fortes da nossa região.
— Eu sei que és muito forte, Thomas.
— Pois, mas ainda não o suficiente para te derrotar, Clair.
No campo de combate.
— Encontras-te preparado para isto, Slyther?
— Isso nem se pergunta, meu amigo. Quantos Pokémons desta vez?
— Dois contra dois estariam bem. O mesmo número do nosso último confronto.
— Óptimo.
Clair aproxima-se.
— Importam-se que seja eu a fazer de arbitro, meninos?
Nem contesta a decisão.
— Então, o combate entre Slyther e Thomas vai começar agora!
— Beldum, vai!
— Em frente, Nuzleaf!
— Um Beldum e um Nuzleaf…
— Um Beldum? Não queres repensar um pouco, Slyther? Ele só sabe um ataque.
— Estou ciente disso, Thomas. No entanto, apenas um ataque será o suficiente para te dar um pontapé no traseiro.
— Como queiras… Nuzleaf, Folha Cortante!
— Esquiva-te!
Beldum sobe e desvia-se.
— O teu Pokémon nunca ultrapassará a velocidade do Beldum!
— Estou a ver… Que tal isto? Equipa Dupla com Semente Bala!
— Beldum, sabes o que fazer! Esquiva-te!
No ar, Beldum esquiva-se uma vez mais.
— Não é a fugir que me vais vencer, Slyther!
— «Ele tem razão. Tenho de pensar em algo.»
— «Vou aproveitar para reforçar o ataque.» Nuzleaf, Crescimento!
Nuzleaf fica envolto de uma aura verde.
— Ele incrementou o ataque do Nuzleaf…
— Já pensaste nalguma coisa estratégias?
— Espera lá… Confias em mim, Beldum?
Beldum acena positivamente.
— Então, ´bora ao ataque! Derrube!
— Ataque combinado! Equipa Dupla e Semente Bala!
— Ataca todos, Beldum! Um deles é o verdadeiro!
— A fazer um ataque suicida?!
Beldum passa por quase todos até que encontra o verdadeiro e derruba-o.
O golpe tem tanta força que Nuzleaf é arremessado para o solo, ficando inconsciente logo de seguida.
— Nuzleaf!
— Nuzleaf encontra-se fora de combate!
— Estás bem, Beldum?
Beldum acena novamente de forma positiva.
— Assim é que é! Ainda bem que tem o corpo revestido por aço! Isso fez com que resistisses bem ao ataque!
— Volta, Nuzleaf! Não penses que o ataque do Nuzleaf foi em vão, Slyther! O dano foi feito!
— E mesmo com esse dano vai ganhar-te!
— Tsk! Whirlipede, avança!
— Agora, é a nossa vez de começar! Derrube!
— Nem o aço do teu Pokémon te vai salvar agora! Rolo Compressor!
— Rápido, sai do caminho, Beldum!
— Não penses que te escapas! Whirlipede, sobe!
Whirlipede apoia-se na parede da estufa e sobe.
— O quê?
Beldum é atingido.
— Beldum!
— Beldum encontra-se fora de combate!
— Fizeste bem em saíres da frente. Sabias que o poder do meu Whirlipede era superior ao do Beldum, mas não contaste com a velocidade.
— Volta, Beldum! Descansa. Grimer, vai!
— Um Pokémon venenoso… Não será com isso que me ganharás.
— Espera só e verás!
— Tsk! Whirlipede, Rolo Compressor!
— Sei que consegues aguentar a força do impacto, Grimer!
Grimer, com um pouco de dificuldade, para o giro de Whirlipede.
— O quê?!
— Não deverias subestimar o corpo do Grimer!
— Percebo. Então, foi por isso que o escolheste.
— Caso o teu Pokémon não compartilha-se o tipo veneno, o teu Pokémon já estaria envenenado. Mas tenho outra estratégia. Grimer, Desabilitar!
— Whirlipede, sai daí rápido!
Whirlipede consegue sair usando todas as suas forças, mas Grimer tem sucesso.
— Agora, não adianta! Mesmo que o teu Pokémon tenha conseguido soltar-se, não poderá usar o seu Rolo Compressor durante um bom tempo!
— «Ele tem razão. Tenho de usar outros meios.»
— Grimer, Bomba de Lodo!
— Contra-ataca com Espigão Venenoso!
Ambos os golpes colidem e anulam-se.
— «Como ambos estamos a usar Pokémons do tipo veneno, os seus golpes mal terão efeito um no outro. Tenho de sobrecarregar o Grimer a todo o custo.» Whirlipede, Raio Solar!
— Não deixes que ele carregue o Raio Solar! Bola Sombra!
Whirlipede é atingido.
— Isso mesmo!
Segundos depois
— Oh, não! Não conseguiu parar a recarga!
— Dispara o Raio Solar!
— Grimer!
Grimer é atingido.
— Acabou!
Grimer levanta-se com muita dificuldade.
— Não pode ser! Aguentou o golpe?!
— Grimer, ataca com Bola Sombra!
— Espigão Venenoso!
Os espigões fazem explodir a Bola Sombra e fumo espalha-se pelo recinto.
— Onde é que ele está?
— Grimer, Golpe Venenoso!
Grimer aparece perto de Whirlipede sem ele notar e desfere o seu ataque.
— Um ataque surpresa!
— Whirlipede está fora de combate! O vencedor é Slyther!
— Whirlipede, volta! Tenho de me render às evidências. Slyther. Foste claramente o vencedor do combate.
— Volta, Grimer! Tu és muito bom, Thomas, não te esqueças disso. Consegui aproveitar o que fizeste ao contra-atacar com a Bola Sombra. Não sei o que aconteceria se isso não tivesse ocorrido.
— Mas pensaste numa boa estratégia.
Steven fica surpreso e faz uma pergunta.
— Uma dúvida. Se o sol já não está aqui a bater, como é que o Whirlipede conseguiu usar o Raio Solar?
— Simples, Steven — avança Clair. — Esta estufa está feita para absorver os raios solares provenientes do sol a armazena-os na sala, não os devolvendo para a atmosfera. Assim, a energia aqui armazenada fez com que o Whirlipede tivesse força suficiente para usar o seu ataque. Mas há algo a ter em conta. Esta energia teve praticamente o seu poder cortado em metade em comparação com a energia proveniente do próprio sol.
— Como sempre, tens resposta para tudo, Clair! — afirma Thomas.
— Aí está. Se o poder estivesse no seu total, o meu Grimer poderia não ter conseguido combater mais.
— Deixa-te disso, Slyther! Ganhaste, e isso é o que importa! Venceste-me num combate de forma leal e justa!
A batalha entre os rivais terminou.
Depois de uma boa noite de sono, os nossos heróis partem para a Doca do Promontório.
Não percam o próximo capítulo de Confrontos de Topo!
Próximo Capítulo: O Desafio da Campeã!