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Olhei para a minha mãe, Elisa, era possível reparar um traço de tristeza nos olhos dela, mas eu não podia censurá-la, ia voltar a fazer o que ela mais detestava, procurar o meu irmão.
Não me lembro de tudo o que vi nesse dia, apenas sei que o meu irmão e eu ficámos preso num remoinho do mar e eu apareci um ano depois numa ilha costeira, perto de Hoenn, sem qualquer vestígio do meu irmão. Desde esse dia que eu o procuro e ainda não desisti, ao contrário da minha mãe, que acredita que ele esteja morto.
Pedi a Birch um Pokémon, para me ajudar na minha busca, ele deu-me um Torchic. Com o meu Torchic consegui capturar um Wailmer, para derrotar os Pokémon aquáticos.
-Tens de parar de viver no passado, Henri. – Disse minha mãe preocupada, demorei algum tempo a perceber que estava a falar para mim.
-Tu não podes reclamar, ainda vives no passado em relação ao pa… – Não acabei a frase, sabia que tinha errado, não devia ter falado sobre o meu falecido pai. Esperava ver a minha mãe irritada, mas apenas vi mágoa, essa era a única que me poderia deixa pior do que ver Elisa zangada.
Antes de ela conseguir falar, disse:
-Desculpa.
Ela não me respondeu, mas eu sabia que ela já não estava chateada.
Antes de abrir a porta para sair de casa, reparei numa figura indistinta no espelho pelo canto do olho, rapidamente percebi que eu estava a olhar para mim mesmo. Tenho 17 anos e cabelos loiros, os meus olhos são azuis.
Ao fechar a porta, percebi que tinha me esquecido de dizer adeus à minha mãe, mas já estava atrasado para o horário que tinha definido para o dia de hoje, por isso, não me preocupei muito com isso.
Uma hora depois, estava a nadar no oceano. Não conseguia pensar corretamente depois do que disse a Elisa, mas não podia parar de procurar o meu irmão.
Decidi explorar o local onde o meu irmão e eu encontramos o remoinho, apesar de ser o local mais óbvio para procurar, nunca tivera ganho coragem para enfrentar aquele território. Sentei-me numa pedra, no meio do mar, a procurar algo irregular que pudesse denunciar a presença do meu irmão.
Senti a água abanar, de repente, um Pokémon saltou da água. Era um Huntail.
Foi então, que me lembrei de um pormenor, não existia nenhum Huntail naquela Route, toda a minha vida fora dedicada a nadar e a ler livros sobre o mar em Hoenn, sabia perfeitamente que Huntail era uma das possíveis evoluções de Clamperl, mas era impossível ele evoluir sozinho e este Pokémon estava muito bem tratado para ter sido abandonado.
#367: Huntail
Ataques: ???
Género: ???
Com o vislumbre de esperança nos meus pensamentos, segui o misterioso Pokémon, mas Huntail estava a nadar muito rápido.
De repente, o Pokémon parou abruptamente e foi por pouco que eu não o empurrava.
Voltei a sentir a água tremer, mas desta vez não era um Pokémon, nem Kyogre faria o mar tremer tanto, foi então que olhei para o meu redor, aquele foi o local onde eu perdi meu irmão e o que estava a fazer a água tremer era um remoinho muito semelhante com ao que eu e o meu irmão enfrentámos.
Rapidamente, perdi todos os meus sentidos, apenas ouvido os risos vitoriosos de Huntail. Percebi que não era “esperança” que existia nos meus pensamentos; confundi o significado de esperança com desespero, porque Huntail seria a minha última tentativa de encontrar meu irmão, gostaria de ter percebido isso antes de ter entrado num remoinho.
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A ideia é interessante. O uso da pontuação poderia ser melhor. Com o tempo vai lá.
Ok, obrigado! 🙂
Está excelente 🙂
Muito obrigado! 😀