← Especial: O Desejo Fantasma!
Capítulo 28: Juniores na Ribalta! →
Depois de o Torchic de Steven ter evoluído para Combusken,
Steven consegue obter o seu terceiro crachá. E a aventura continua.
— É lindo, não achas?
— Todos os crachás têm a sua beleza única. Na minha opinião, não existem crachás feios. Nem todas as pessoas conseguem observar a verdadeira beleza deles.
— Bom, isso soa mesmo a conversa de líder de ginásio.
— Talvez.
Ao passarem por um caminho estreito entre árvores,
um Pokémon revestido de folhas aparece
— Aquilo é um Pokémon?
— Sim, é um Burmy. Os Burmy são criaturas especiais.
— Especiais? Que queres dizer?
— Dependendo o local onde vivem, o seu revestimento é diferente. Como estamos numa floresta, é normal este Burmy ter um revestimento de folhas, ao qual chamamos de “revestimento planta”. Se estivéssemos num local repleto de edificações, o seu revestimento teria uma cor cor-de-rosa, ao qual chamamos de “revestimento de lixo” e, por fim, caso estivéssemos num terreno arenoso, o seu revestimento seria de areia, ao qual chamamos de “revestimento arenoso”. E além disso, também possuem duas evoluções distintas, dependendo do seu género. E uma delas adquire o tipo de revestimento que tivera anteriormente.
— Bestial. Deixa ver no Dexter.
— Espantoso, verdade? — diz uma rapariguinha que passava por ali. — Os Burmy são os meus Pokémon favoritos.
— O Burmy é teu? — pergunta Steven.
— Yup! Mas, na verdade, é uma Burmy. É fêmea. E, de momento, estou a tentar capturar um Burmy macho.
— Deve ser por aquilo que eu te disse à pouco, Steven. Cada género de Burmy tem a sua própria evolução.
— Isso mesmo. O Burmy macho evolui para um Mothim e a fêmea para uma Wormadam.
— Percebo.
— Bom, chamo-me Joana. E vocês?
— Eu sou a Mariah.
— Eu sou o Steven.
— Prazer. Ainda que vos encontro, pois há algo que não bate certo, sabem. Nesta floresta, costuma haver muitos Burmy, mas, até agora, não encontrei nenhum.
— Não foi nesta floresta que capturas-te esse Burmy? — avança Steven.
— Não, não foi. Este Burmy foi-me dado pelo meu papá há algumas semanas. Como ouvi falar que havia muitos Burmy aqui, decidi vir.
— Sempre podemos dar uma volta pela floresta para ver se encontramos algum — sugere Mariah. — Como ele é um Pokémon insecto, também gostaria de capturar um.
— Isso seria óptimo! Muito obrigado!
Ao darem algumas voltas pela floresta,
notam em várias teias de aranha
— Não me lembro de haver Pokémon aracnídeos nesta floresta. Seguindo guias que li, só os Burmy e, provavelmente, as suas formas evoluídas vivem aqui.
De repente, várias teias de aranha
são lançadas aos três
— Cuidado! — avisa Mariah sobressaltada.
Os três conseguem desviar-se a tempo
— Ali vêm mais!
— São Spinarak! — vocifera Joana.
Os três esquivam-se novamente.
— Eu trato delas! Combusken, escolho-te a ti!
— Giro de Fogo!
O fogo atinge várias Spinarak,
mas apareciam mais segundo a segundo
— Isto assim nunca mais vai ter fim! São demasiadas!
— Vamos por ali! — diz Mariah.
Depois de correrem vários metros,
os quatro são apanhados nas teias pegajosas
— Oh, não! Que fazemos agora, Mariah?
— Não sei! Não faço ideia!
— Pessoal, olhem para ali! A minha Burmy não foi apanhado! Burmy, foge enquanto podes!
Com alguma relutância,
Burmy foge rapidamente
— Eu confio na minha Burmy. Ela é inteligente. Há-de arranjar alguma forma de nos ajudar.
Os Spinarak enrola-nos ainda mais
nas suas teias e levam-nos para um
sítio isolado da floresta
— Não posso crer! — espanta-se Joana. — Vejam, são os Burmy da floresta!
Todos os Burmy da floresta
encontravam-se presos em teias
por todo o lugar
— Como é que foi possível capturarem todos estes Burmy? — interroga-se Steven.
— Muito simples — fala uma rapariga que lá estava.
— Stephanie?
— Olá, Joana.
— Que estás a fazer aqui?
— Digamos que me pagaram bem para capturar todos estes Burmy.
— Quem te mandou fazer tal coisa?
— Os Caçadores do Abismo.
Mariah arregala bem os olhos
— Quem são esses?
— Essa tua amiga aí do lado deve conhecê-los muito bem.
— Será que não sabes quem eles são ou o que podem fazer? — irritava-se Mariah.
— Sei perfeitamente quem eles são e o que pretendem, dominar o mundo. Eles deram-me uma imagem tua para saber quem tu eras. Eu apenas aceitei este trabalho. Pouco me importa o que acontece a ti. Como ouvi dizer que o teu amiguinho tinha ganho o crachá na cidade de Herba, sabia que iriam passar por aqui. Todos eles sabem o teu fascínio por Pokémon insecto. Sabia que não pensarias duas vezes para tentar procurar os Burmy desaparecidos.
— Será que não vês? Eles estão a usar-te!
— Desde que me paguem, pouco importa.
— Como conseguiste fazer com que tantos Spinarak seguissem as tuas ordens? — inquire Joana.
— Outra resposta simples. Instalei por toda a floresta amplificadores de ondas hipnóticas.
— O quê?
— Aqui o meu Hoothoot usa a sua hipnose para um destes amplificadores. Além de aumentar o seu poder hipnótico, também cada amplificador reflecte as suas ondas para os outros amplificadores circundantes. É uma pena não terem atingido os Burmy, mesmo não sabendo porquê. Os únicos Pokémon que aqui vivem são os Burmy e os Spinarak. Portanto, são os únicos a serem afectados.
— Os Burmy devem ter pressentido as ondas hipnóticas e esconderam-se na terra.
— Sim, é possível. Vejo que tens algum cérebro. Mas não estou aqui para te criticar. Sabes, não tenho nada contra ti, pelo contrário. Gostaria muito que te juntasses a mim.
— Nunca!
— É uma pena, sabes. Nesse caso, serás feita prisioneira até os Caçadores do Abimso chegarem para vir buscar a Mestra do Raikou.
Mal Stephanie carrega no botão para chamar os
Caçadores do Abismo, que se encontrava num transmissor
de ondas de rádio, Burmy aparece de repente
e rouba o transmissor.
— O quê? Como te atreves? Ainda havia mais um?
Com uma enorme força, Burmy corta os
fios de teia que aprisionavam Combusken
— Não!
— Steven!
— Certo, Mariah! Combusken, corta todas as teias com Giro de Fogo!
Além de as teias sofrerem com o fogo, os
Spinarak também são atingidos.
— Agora, é a minha deixa. Beautifly, Vento Prateado no Hoothoot!
Hoothoot é atingido
— Hoothoot!
— Prende a Stephanie, Beautifly, Disparo de Fio!
Stephanie fica presa
— Soltem-me!
Naquele momento, Hoothoot ataca
— Beautifly, Rajada!
Hoothoot é dirigido contra uma
árvore e perde os sentidos
— Tenho de saber mais sobre ele.
— Agora, diz-nos sinceramente a razão pela qual te juntaste a eles.
— Já disse, para te capturar!
— Não acredito.
— Quero lá saber naquilo em que acreditas!
— Ela pode ter sido hipnotizada.
— Achas, Mariah?
— É muito provável. Esta pode ter sido uma artimanha deles. O Hoothoot pode tê-la hipnotizado. Vou fazê-la dormir. Assim, a hipnotização desaparecerá. Butterfree, Pó de Sono!
Stephanie adormece durante alguns
minutos e, quando acorda…
— Onde é que eu estou? Joana?
— Stephanie, lembras-te de alguma coisa que aconteceu nas últimas horas?
— A última coisa de que me lembro é olhar para um Hoothoot. Depois disso, só me lembro de acordar agora.
— Como calculei. Foste hipnotizada. Estiveste em estado de hipnotismo pelo Hoothoot.
— Mas porquê?
— Não sei. Talvez tenha calhado ao acaso.
Hoothoot volta a si e foge a voar
— Oh, não! Esquecemo-nos de o prender! Butterfree, Beautifly!
Mas foi demasiado tarde, a velocidade de
Hoothoot é mais rápida.
— Raios! Ele foi muito mais rápido! Deveria tê-lo prendido logo no momento!
Depois de resolverem as coisas sem muita informação a respeito dos
Caçadores do Abismo, Joana e Stephanie vão embora juntas.
— Já viste a forma de eles agirem?
— É verdade. A agir por meio de hipnotismo. Temos de estar mais atentos a partir de agora.
— Tens razão.
Largos minutos depois, no local onde todos se encontravam,
um helicóptero aterra.
— Pelos vistos, o plano falhou.
— Sabia desde o início que iria falhar. O controlo pode quebrar-se facilmente. Se queremos uma coisa bem feita, temos de ser nós próprios a fazê-la.
— Ela há-de ser nossa, custe o que custar.
Que mais planos diabólicos estarão
os Caçadores do Abismo a tramar?
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