← Capítulo 30: Arranjem um Pára-Raios!
Capítulo 32: Colisão Psíquica! →
Ao continuarem as suas aventuras, Steven e Mariah
deparam-se com um grupo de Pokémon
— Que Pokémon serão estes?
— É verdade o que o Pokédex diz, Mariah? Um Pokémon extinto desde há milhares de anos? Mas vemo-lo à nossa frente. Aliás, vemo-los.
— É muito provável que haja Pokémon extintos a habitar o mundo actual. Muitos deles sobreviveram a catástrofes. Sendo que muito poucas pessoas tenham posto a vista neles, já que eles normalmente não gostam de ser vistos por humanos.
— Espantoso! Gostaria imenso de capturar um!
— Espera aí! — grita um jovem que se aproximava aflito. — Não podes capturar estes Pokémon!
— Porque não? Eu é que os vi primeiro!
— Não se trata disso. Esta é uma reserva natural de Shieldon. É proibido captuá-los.
— Oh… Desculpa, não sabia disso…
— Não há problema. Chamo-me Esteves e sou o guarda desta reserva. A minha função é impedir treinadores de capturarem os Shieldon que temos.
— Estou a ver. O meu nome é Steven.
— E o meu, Mariah.
— Muito gosto. Todo o cuidado é pouco. Toby, um caçador furtivo, anda por aí. Ele pode ser muito perigoso.
— Percebo. É por isso que andas sob aviso vermelho nos Shieldon.
— Exactamente, Mariah. Com ele à solta, temos de nos precaver com unhas e dentes. Com ele por estas bandas, temos de ter o dobro ou o triplo do cuidado que teríamos normalmente.
— Esqueceste-lhes de dizer que o Toby é o meu melhor amigo, Esteves.
— O quê, Toby?
Toby encontrava-se atrás deles.
— O Toby é o teu melhor amigo, Esteves? — pergunta Steven confuso.
— Ex-melhor amigo. Crescemos juntos, mas depois ele mudou completamente. Separámo-nos há mais de um ano. Desde daí que não tenho poupado esforços para o tentar capturar, juntamente com a polícia.
— Nunca conseguirás apanhar-me, Esteves, e tu sabe-lo. Aqui o meu Ralts nunca foi derrotado por ti.
— Ralts?
— Há uma primeira vez para tudo, Toby. Vem, Slowpoke!
— Agora, um Slowpoke.
— “O Pokémon Palerma”? não é lá uma coisa bonita de se dizer.
— Desta vez, não escapas! Slowpoke, Pistola de Água!
— Ralts, Psíquico!
O ataque é parado
— Já deverias ter aprendido. Esse tipo de ataque não funciona contra o Ralts. Contra-ataca!
Ralts redirecciona o ataque de volta a Slowpoke
— Isso, também não! Psíquico!
Ambos tentam ultrapassar o poder um do outro
— Também já deverias saber que o meu Slowpoke também conhece esse ataque.
— Hmph. Parece que melhoraste um pouco, Esteves. O teu ataque está mais forte do que o costume.
— Igualmente, Toby.
— Uau, Mariah. É a primeira vez que vez um combate contra Pokémon psíquicos.
— Dentre todos os tipos, eles são considerados um dos mais fortes.
— Nós podemos ajudar-te, Esteves!
— Não se metam, por favor! Eu sei que o Slowpoke consegue!
— Santa ingenuidade. Pensas que me vais derrotar?
— Isso, tenho a certeza de que não irá acontecer ao Slowpoke!
Quando Slowpoke mostra provas de que está a ganhar…
— Tsk. Não acredito que um mísero Slowpoke consiga aguentar o poder psíquico do Ralts. Espurr, Psíquico!
— Outro Pokémon psíquico?
— Oh, não. O Slowpoke não irá aguentar.
— Isto já é demais! Combusken, ataca o Espurr com o teu Giro de Fogo!
Vendo o ataque a se dirigir para si, Espurr tem tempo
de contra-atacar com o seu ataque psíquico, mesmo a tempo,
fazendo com que o fogo de Combusken atinja o solo, ocorrendo
uma explosão.
— Isto não ficará assim, Esteves! É verdade, fiz batota, mas já não há nada a fazer! Nós os dois teremos o nosso combate decisivo de 2 contra 2 no Coliseu Gladiatar, amanhã de manhã! Lá veremos, oficialmente, quem será o vencedor, sem truques!
E, de repente, vai-se embora
— Coliseu Gladiatar?
— Sim, Steven. É um coliseu que se pode encontrar daqui a um quilómetro para noroeste. Pertencia, antigamente, aos antigos reis deste local. Ele era exclusivo para combates de gladiadores e encontra-se abandonado desde então. Foi nesse local que ambos fizemos uma promessa. Se algo no nosso destino se opusesse no nosso caminho de ideais, uma batalha decidiria quem estaria certo ou errado, dependendo do vencedor. Aquele é um lugar sagrado para nós. Ninguém alguma vez pensaria em fazer batota.
— Eu não confiaria nele — afirma Mariah.
— Vocês não conhecem como eu o conheço. Eu também teria a mesma opinião de vocês se o tivesse conhecido por tão pouco tempo. Sei que ele nunca usará truques naquele local. Ele pode estar como está agora, mas sei que, lá no fundo, ele preza a nossa amizade, mais que tudo, tal como eu.
— Espero que tenhas razão…
— Eu sei que sim. Ele sabe que, no nosso encontro, seria previsível eu levar comigo a polícia para o capturar. E, mesmo assim, decidiu organizar este combate. Já deve estar, certamente, cansado de fugir à justiça.
— Eu sei que não me devia meter, mas, posso assistir ao vosso combate?
— Porque não, Steven? Caso não saibas muito sobre Pokémon psíquicos, essa será a tua grande oportunidade.
— São ambos treinadores só de Pokémon psíquicos?
— Sim. O motivo de nós nos tornarmos amigos foi devido ao facto de ambos termos grande afecto por Pokémon do tipo psíquico. Se quiseres, poderão ficar no Centro Pokémon que se encontra mesmo quase ao pé do coliseu, se não tiverem mais nenhum lugar onde passar a noite. Eu também lá ficarei.
— Mas quem cuidará dos Shieldon? — inquire Mariah.
— Posso pedir a um colega meu que me substitua por um bocado. Afinal, vou defrontar o caçador furtivo, Toby, certo? É a oportunidade ideal para o capturar. O coliseu encontra-se na vila mesmo a seguir a esta reserva. Se quiserem ir já para lá… Irei lá ter mais tarde.
— Certo! — dizem ambos, partindo logo de seguida.
Depois de ambos terem posto os olhos numa rixa de amigos,
os nossos heróis dirigem-se para o local onde acontecerá um
espantoso combate de treinadores de Pokémon psíquicos.
Próximo Capítulo: Colisão Psíquica!