Rubrica: Sabias Que? #05

Boas Pessoal!

Três meses depois, um novo ‘Sabias Que?’ gravado há algum tempo, mas que encaixa bem com o dia de hoje. Espero que gostem do vídeo, e que tenha ficado do vosso agrado embora existam vários vídeos sobre este assunto pelo internet.

Deixem as vossas sugestões para futuros vídeos desta rubrica:
sabias_que@pkportuga.pt


Sou alguém que poderias chamar de coleccionador de jogos Pokémon modificados. Pokémon Diamond & Jade, Chaos Black, entre outros… é fantástico a frequência com que se encontra modificações dos jogos Pokémon em feiras e lojas de retalho.

Normalmente são muito divertidos, os erros de tradução e baixa qualidade acabam por torná-los mais engraçados. Sempre conseguia encontrar a maioria deles online, mas existia um do qual jamais tinha ouvido falar. Comprei-o numa lojinha do centro, há cerca de 5 anos.

Aqui está uma foto do cartucho, quem sabe se não o reconheces.

Infelizmente, há dois anos perdi o jogo quando voltava de férias. Deve ter ficado esquecido no hotel.

O ecrã principal do jogo era o mesmo de Red e Blue, com os familiares Nidorino e Gengar a combater. Contudo, no ecrã “pressione start” era diferente… Red estava lá, mas não havia Pokémon consigo como nas outras versões. Abaixo do logótipo Pokémon estava escrito “Black Version”, seleccionei ‘New Game’ e o jogo começou com o Professor Oak a falar como tantos outros jogos… pensei ser apenas uma adaptação de Pokémon Red.

Após escolher o Pokémon inicial, se fosses verificar os teus Pokémon aparecia um outro além do inicial…

…GHOST…

Pokémon no nível 1, idêntico aos fantasmas de Lavender… sabia apenas um ataque, Curse. Sei que existe um ataque real chamado Curse, mas este ataque não existe nesta geração, então provavelmente foi colocado no jogo.

O Pokémon adversário não podia atacar GHOST, aparecia no ecrã uma mensagem a dizer que ele estava com muito medo para atacar. Quando o ataque “Curse” era usado em combate, o ecrã ficava negro… ouvia-se a voz do Pokémon adversário, mas distorcida… quando o ecrã acendia o Pokémon adversário já não estava lá… Usado em combate contra treinadores, as pokébolas deles começavam a desaparecer…

Para mim estava claro… os Pokémon acabam por morrer…

O que era mais estranho ainda, é que após vencer um treinador e de recebermos o dinheiro, a janela de combate voltava a aparecer. Ao seleccionar ‘Run’ o combate terminava normalmente, mas podíamos seleccionar ‘Curse’ e ao voltar ao mapa, o treinador deixava de existir…

Após sair e entrar novamente naquela área, no local do treinador estava uma lápide semelhante às de Lavender Town. O ataque ‘Curse’ nem sempre era utilizável, falhava contra treinadores que teríamos de voltar a enfrentar, como Blue ou Giovanni. Contudo, ele ficava disponível quando era o combate final contra eles.

Cheguei à estranha conclusão que era esse o objectivo daquele jogo modificado, deixar-nos usar o incapturável GHOST. Como o ‘Curse’ deixava o jogo tão fácil, acabei por usá-lo durante toda a aventura.

O jogo mudou um bocado depois de derrotar a Elite Quatro, contudo… após ver o Corredor da Fama, constituído por GHOST e outros Pokémon de baixo nível, o ecrã voltou a ficar preto.

Aparece uma janela com a frase:

“Alguns anos depois…”

A imagem mostra um velho na Torre de Lavender, a olhar para as lápides, então percebo que o velho era o meu personagem. Este velho move-se a metade da velocidade do personagem normal, não possuía mais Pokémon, nem mesmo o GHOST, que até então era impossível de remover da equipa.

O mapa estava vazio, não existiam mais NPCs, em vez disso estavam lá as lápides dos treinadores que tinham sofrido com o ‘Curse’ ao longo do jogo. Apenas andando pelo mapa consegui perceber o grande número de lápides, o grande número de treinadores em que usei ‘Curse’.

Podia ir a qualquer lugar do mapa, no entanto os movimentos eram limitados já que não tinha Pokémon para usar HMs e, independente do local onde estava, a música de Lavender continuava num ciclo infinito.

Após pensar por um bocado, descobri que após Diglett Cave o arbusto que ligava a Pewter estava aberto, era possível regressar a Pallet. Entrei em casa e fui até ao local exacto onde o jogo começa, o ecrã voltou a ficar preto…

Apareceu um Caterpie, depois um Rattata, um Pidgey…

Acabei por perceber rapidamente, enquanto os Pokémon iam passando até aparecer um Blastoise, aqueles eram os vários Pokémon em que tinha usado ‘Curse’.

Após o último Pokémon do meu rival, apareceu um Youngster…

…depois um Bug Catcher…

Aqueles eram todos os treinadores em que tinha usado ‘Curse’.

Durante todo este processo, a música de Lavender tocava e tocava, mas estava a tornar-se aguda. Quando o rival apareceu no ecrã, a música parecia mais um estrondo demoníaco.

O ecrã ficou novamente preto.

Algum tempo depois, o ecrã de combate aparece, o nosso personagem é o velhote que ensina a capturar Pokémon em Viridian, do outro lado está GHOST junto com as palavras:

“GHOST wants to fight!”

Não tenho itens, Pokémon e não era possível usar ‘Run’… a opção era combater, mas a única coisa que acontecia era o uso de Struggle que não afectava o GHOST e ainda nos fazia perder vida.

Quando era a vez de GHOST atacar, simplesmente aparecia reticências no ecrã…

Mas quando o nosso estado era crítico, o GHOST finalizava com ‘Curse’.

O ecrã ficava preto, e, independentemente do que fizesse, nada mais acontecia.

Ao reiniciar o Game Boy, a única opção era ‘New Game’ o ficheiro anterior tinha sido apagado. Joguei esta versão diversas vezes, e sempre terminava da mesma forma. Tentei não usar o GHOST, mesmo sendo impossível removê-lo da equipa, e assim não apareciam Pokémon nem treinadores no final… mas mantinha-se a cena de combate final com o GHOST!

Não consiga perceber os motivos por detrás da criação desta hack. Ele foi pouco distribuído, logo não foi interesse financeiro. O jogo estava muito bem feito para uma versão hack.

Parece que estavam a querer mandar uma mensagem através do jogo… mesmo não sabendo ao certo qual.

Que a morte é inevitável!?

Ou então apenas queria colocar terror e morte num jogo infantil, existe algo intrigante no Mundo Pokémon.

Os Pokémon são armas, mas são nossos amigos. Lutam até à morte, mas nunca morrem, afinal sempre esperam por nós no Centro Pokémon, curados e prontos para mais aventuras.

Esta hack pode ser apenas para aterrorizar as crianças… mas elas perguntam-se “os Pokémon podem morrer?”. Provavelmente sim, pelo menos nesta versão. Talvez seja para fazer o jogador pensar “o que acontece quando um Pokémon morre?”…

…talvez isso seja a coisa mais assustadora!
Porque significa que a maldição do fantasma é real.

E se nós estamos amaldiçoados…
…o que acontece quando morremos?

Lembram-se quando disse que perdi o cartucho desta hack durante as férias? Não é exactamente verdade, menti sobre isso, não o perdi… livrei-me dele intencionalmente!

Voltei àquela lojinha onde o comprei, e vendi-o barato ao primeiro interessado. Ele pensou que tinha ganho o dia, mas não lhe contei a verdade…

Um dia antes, voltei a jogar a hack pela última vez. Joguei normalmente, e terminei o jogo. O ecrã ficou preto e jogo congelou, como sempre aconteceu.

Ia desligar o Game Boy, mas o telefone tocou e acabei por ficar ao telefone uns 15 minutos…
…quando desliguei a chamada, ouvi algo que vinha do meu quarto…

Entrei no quarto e vi algo no ecrã do Game Boy, estava excitado, talvez houvesse algo na hack que ainda não tinha descoberto… agarrei no Game Boy… duas luzes vermelhas estavam no ecrã…

Apareceu uma mensagem… composta por três palavras:

“GHOST curses you.”

Fiquem bem, Portuga!

2 thoughts on “Rubrica: Sabias Que? #05

  1. Podias pôr mais imagens alusivas ao tema conjunto «POKÉMON + Dia das Bruxas», e pôr a música mais audível… Mas, de resto, gostei do vídeo (embora ache que podias evitar pôr a narrativa em baixo do vídeo, mas tu é que sabes)! ;-P

    1. Acabei por não por imagens para se focarem mais na história, mas possivelmente pode não ter sido uma boa opção… também não quis que música abafasse o som da minha voz, que não sei se ficou bem xD a ideia da narrativa é para aqueles que por acaso quiserem ler em vez de ouvir, ou até para quem não perceber alguma coisa 😛 Muito Obrigado pelo comentário 😉

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